Professores são orientados para ajudar alunos com problemas na fala
Crianças que trocam, omitem ou invertem fonemas na hora de falar, gaguejam ou têm a voz rouca devem ser acompanhadas de perto pelos professores.
São eles, ao lado dos pais, os primeiros que podem ajudar a identificar problemas vocais mais sérios e até mesmo a perda auditiva. Para orientar os educadores a colaborar com o diagnóstico precoce, o Fórum de Educação Infantil de Rio das Ostras realizado nesta segunda-feira, dia 5 de junho, foi dedicado ao tema e contou com palestra da fonoaudióloga Cristina Coutinho Moreira. O evento aconteceu na Casa da Educação e foi aberto à comunidade.
O fórum, uma iniciativa da Secretaria de Educação de Rio das Ostras, tem o objetivo de promover a qualificação continuada dos professores municipais. Na palestra desta semana, a fonoaudióloga alertou os educadores sobre a importância de promover a auto-estima dos alunos. Segundo ela, problemas como a gagueira também têm causas emocionais.
“A gagueira fisiológica é normal entre os 2 e 6 anos. A criança gagueja porque está organizando o pensamento e não consegue logo encontrar a palavra certa. Os pais e professores não devem corrigir, nem completar o pensamento dela. É precisar ter paciência”, explicou a fonoaudióloga.
Segundo ela, quando a gagueira persiste após 6 anos ou é acompanhada de trejeitos, o fonoaudiólogo e o psicólogo devem ser consultados. A voz rouca e a dificuldade de entendimento podem apontar problemas sérios, que exigem consulta ao otorrino.
“Até certa idade é normal que a criança fale como o “Cebolinha” ou omita algumas letras, falando baço em lugar de braço, por exemplo. Mas é preciso ter atenção já que o acontece na fala pode vir a se repetir na escrita”, explicou a fonoaudióloga.
Ela afirmou que o uso da chupeta e da mamadeira não deve continuar após a idade de 2 anos e 6 meses, já que o maior bico ortodôntico só atende às crianças até essa fase. A fonoaudióloga também deu dicas para as professoras de como falar em sala da aula, evitando futuros problemas nas cordas vocais.
FONTE: SECOM – PMRO.