Rio das Ostras é finalista da etapa nacional do concurso da CGU
Imero e Escola Municipal Inayá Moraes D´Couto são as duas das três escolas fluminenses na disputa
Rio das Ostras está na final da segunda edição do concurso de Desenho e Redação do Projeto "Olho Vivo no Dinheiro Público", promovido pela Controladoria Geral da União – CGU. A Escola Municipal Inayá Moraes D´Couto e o Instituto Municipal de Educação de Rio das Ostras são duas das três escolas que vão representar o Estado do Rio de Janeiro na fase nacional, concorrendo na categoria "Plano de Sensibilização".
O concurso tem como objetivo despertar nos estudantes o interesse pelo controle social, além de promover a reflexão e o debate sobre esse tema no ambiente escolar. A entrega do prêmio da etapa estadual – um aparelho de DVD para cada escola – será na próxima terça-feira, dia 9, às 14h, no Ministério da Fazenda, no Rio de Janeiro. A realização é da CGU em parceria com a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), com o Conselho Nacional dos Procuradores Gerais (CNPG), além de outras instituições.
Para a secretária de Planejamento, Rosemarie Teixeira, essa premiação é resultado do trabalho realizado pelo Projeto Orçamento Participativo Jovem – OP Jovem nas escolas. "As ações que desenvolvemos com os alunos nas reuniões do OP Jovem retratam bem essa questão da importância e da consciência sobre o uso do dinheiro público. Eles passam a ter noções de orçamento, receita, despesa e prioridades. Essa foi a base para que os nossos estudantes pudessem desenvolver um bom trabalho. A maior prova é que a própria CGU vem citando o projeto desenvolvido aqui em palestras por todo o país", declarou.
Escolas cidadãs – Participando pela primeira vez do concurso "Olho Vivo no Dinheiro Público", o Instituto Municipal de Educação de Rio das Ostras (Imero) foi selecionado como finalista graças ao trabalho interdisciplinar que realizou. "O tema 'O que você tem a ver com corrupção?', proposto pela CGU, estava em sintonia com o projeto pedagógico desenvolvido este ano pela escola que é 'Pequenos gestos, grandes transformações'", explica Cláudia Ventura, diretora do Imero.
Com a participação dos professores como Nataly de Souza, coordenadora do projeto no primeiro segmento do Ensino Fundamental, e Roberta Menezes, que desenvolveu o tema no Ensino Médio, a proposta saiu do papel e ganhou vida. "Produzimos um dicionário com palavras ligadas à corrupção", exemplifica Roberta. "As crianças puderam perceber a corrupção no cotidiano por intermédio de desenhos animados, quadrinhos e matérias dos jornais", completa Nataly.
Os alunos Walter Quirino Martins e Daniel Bernardino, representantes da escola no concurso nas categorias Desenho e Redação I, garantem que aprenderam muito com a iniciativa. "Se você conta um segredo para um colega e ele ameaça espalhar para todo mundo se não receber um saco de balas, isso é corrupção", diz Walter. "Quem compra fita pirata está aceitando a corrupção ", enfatiza Daniel.
Na Escola Municipal Inayá Moraes D'Couto também todos foram envolvidos no concurso. "Como participamos também no ano passado, o nosso desafio foi desenvolver novas estratégias para motivar os alunos e aprofundar o conhecimento deles sobre o tema", explica a diretora Sara Mota. A professora de Geografia Daniele Bastos criou um concurso de soletração entre os alunos de duas turmas do 7º ano do Ensino Fundamental no qual as palavras escolhidas estavam relacionadas à corrupção. Já a professora Edilene Gonçalves, responsável pelos projetos e biblioteca da unidade, levou os alunos a refletir sobre as ações corruptas presentes no cotidiano do cidadão.
"Imaginava que a corrupção era um assunto ligado apenas à política. Mas agora vi que está no nosso dia-a-dia e podemos mudar isso", afirma Nicolle Lira, do 7º ano, representante da escola na categoria Redação II. "Achava difícil falar de corrupção mas aqui na escola encontraram uma forma divertida de abordar o assunto", conclui Thamires Silva de Souza, também do 7º ano.
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FONTE: Secretaria de Comunicação Social