Rio das Ostras é pioneira no Brasil em pesquisa sobre Alzheimer

Estudo da Fiocruz será realizado entre participantes do Programa de Saúde do Idoso

Foi lançada em Rio das Ostras, nesta terça-feira, 1º de outubro, Dia Nacional do Idoso, uma pesquisa inédita no Brasil sobre a Doença de Alzheimer. O estudo, coordenado pela professora e doutora em Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, Mariza Theme, avalia os fatores de risco para o surgimento da doença, apontando que o Alzheimer pode sim ser prevenido, desde que haja controle de males associados, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.

A pesquisa faz parte da Tese de Doutorado da médica Jane Teixeira, especialista em envelhecimento e coordenadora do Programa Municipal de Saúde do Idoso. O Programa, da Secretaria de Saúde, já promove a prevenção dessa e de outras doenças associadas à terceira idade, a partir de atividades físicas, exercícios de cognição e atendimento de saúde. São cerca de 200 pessoas beneficiadas.
“O Município passa a lidar com a Doença de Alzheimer como uma questão de Saúde Pública, assim como orienta a Organização Mundial de Saúde. Vamos levantar dados mais precisos sobre a quantidade de pessoas com a doença em Rio das Ostras e analisar a relação dela com os fatores de risco”, explica Jane Teixeira.
De acordo com a professora Mariza Theme, a pesquisa é muito importante por seu ineditismo no Brasil. “Não existem hoje no Brasil dados sobre a prevalência dos fatores de risco associados ao Alzheimer. Estamos lançando um projeto em Rio das Ostras que pode ser estendido a todo o País”, afirmou.
FATORES – De acordo como estudos internacionais, diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, obesidade, sedentarismo, fumo e depressão estão relacionados com o surgimento da Doença de Alzheimer, além da herança genética.
No estudo, a equipe do Programa vai registrar dados de saúde dos idosos participantes, como glicemia, relação peso/altura, taxas de colesterol, entre outros. Também será avaliado se a pessoa está em processo depressivo e se conta com o chamado “apoio social”, ou seja, suporte das pessoas próximas – família e amigos – para realizar suas atividades diárias.
“Os idosos costumam ser muito colaborativos nas pesquisas”, completou a professora da Fiocruz.

ALZHEIMER – Um relatório divulgado hoje pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2012, conclamou os governos e formuladores de políticas públicas a considerar a Doença de Alzheimer com uma prioridade mundial no âmbito da saúde pública. Segundo o documento, em 2010, 35,6 milhões de pessoas conviviam com a doença em todo o mundo, e a estimativa é de que este número praticamente dobre a cada 20 anos, chegando a 65,7 milhões em 2030 e a 115,4 milhões em 2050 – por isso a necessidade de ações urgentes de prevenção.

FONTE:
Departamento de Jornalismo
Secretaria de Comunicação Social

Please follow and like us:
error0
fb-share-icon20
Tweet 20
fb-share-icon20

Ronet

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.