Museu em Rio das Ostras é palco de aula passeio para escolas do Sistema Firjan
A aula faz parte do Projeto “Conhecendo o meu Lugar”, desenvolvido pela Divisão de Cultura e Educação do Sistema Firjan Sesi, para os alunos do 2º Segmento do Ensino Fundamental. De acordo com a especialista de Cultura da Divisão, Olga Acosta, o projeto estimula o (re)conhecimento da história local e a reflexão crítica acerca do processo de construção das identidades socioculturais dos alunos, bem como de seus grupos de pertencimento. “Para as regiões Norte e Noroeste fluminense, analisando os conteúdos da matriz de competência e as possibilidades de abordagem destes, por meio do acervo do Museu de Arqueologia Sambaqui da Tarioba, consideramos este espaço com grande interesse para realização da aula passeio para os alunos. Nesse momento de restrições de reunião de pessoas em função da pandemia da Covid-19, a nossa ideia é propor a realização dessa aula passeio virtual, onde uma atriz e uma equipe de três profissionais de produção precisam ter acesso ao local para filmagem de um vídeo no formato de contação de história”, explicou Olga.
Para a presidente da Fundação Rio das Ostras de Cultura, Cristiane Régis, a escolha pelo Sambaqui da Tarioba representa um ganho para o Município. “Acredito que esse seja um reconhecimento ao trabalho que desenvolvemos como Museu e isso é gratificante para todos nós que estamos empenhados em preservar e divulgar a história da Cidade”, declarou.
MUSEU DE SÍTIO ARQUEOLÓGICO SAMBAQUI DA TARIOBA – Inaugurado em 1999, o Museu é aberto à visitação pública com exposição permanente de peças catalogadas por época, origem e denominação pelo Instituto de Arqueologia Brasileira-IAB, em reconstituição da pré-história da região.
Foi encontrado e mapeado por pesquisadores e arqueólogos do IAB em 1967 quando era realizado na região o Programa Litoral Fluminense dedicado a esta área específica de trabalho, que enquadrava-se em um projeto maior denominado Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas (Pronapa) patrocinado pelo Smithosinian Institution e realizado com autorização e apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
O Sítio é alvo de pesquisa desde a sua descoberta e escavação entre os anos de 98 e 99, sendo considerado principal sítio de interesse histórico-cultural na área do geoparque. É um dos primeiros museus de sítio arqueológico “in situ” do Brasil, fazendo parte do importante patrimônio material brasileiro.
Para que o público possa conhecer a história contada pelo depósito do sambaqui, foi feita uma escavação linear, assim os objetos, esqueletos, conchas, etc. podem ser observados em camadas ao longo das escavações através de uma passarela construída. Isto permite que o visitante acompanhe visualmente a sequência de camadas conservadas deste sítio. O espaço incentiva a prática de atividades educativo-culturais direcionada às escolas e atrai turistas curiosos em conhecer um pouco mais sobre a organização social e a cultura material do homem pré-histórico brasileiro.
FONTE: ASCOMTI – PMRO.