“Liberdade, Liberdade” é a nova exposição de Rio das Ostras

Município celebra os 125 anos da abolição da escravatura na próxima segunda, com fotos e objetos antigos

Em 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel assinava um documento que acabava com a mão de obra escrava no Brasil, a Lei Áurea. A partir daí, os negros começaram a reconstruir sua história no País. Param celebrar os 125 anos desta conquista, a Fundação Rio das Ostras de Cultura abre a exposição “Liberdade, Liberdade”, que relembra a trajetória dos negros no Estado do Rio de Janeiro e o provável desembarque dos navios negreiros no município. A mostra, que conta com fotos e objetos antigos, será aberta nesta segunda, 13, a partir das 19h, na Casa de Cultura Bento Costa Junior, no Centro.

A peça de destaque da exposição é um “viramundo”, instrumento de ferro que era utilizado para a tortura de escravos, onde se prendia os pés e os pulsos. O objeto foi encontrado nas escavações para a revitalização da Praça São Pedro. A descoberta do objeto é um dado importante para as pesquisas que investigam se navios negreiros ancoraram nas praias riostrenses.

O vice-presidente da Fundação Rio das Ostras de Cultura, Mario Marcelo, já visitou três fazendas que mantinham trabalho escravo. Entre elas a Belmont e Santa Isabel, em Rocha Leão, e São João, na divisa com Casimiro de Abreu. O objetivo das visitas é registrar em fotografias esta parte da história que, segundo Mario, anda esquecida.

“É um lado triste do Brasil. Não queremos nos vangloriar por este passado, mas sim mostrar as conquistas e lutas dos negros nestes anos todos. É importante mostrar o quanto eles foram injustamente maltratados. Registramos senzalas e casas-grandes”, conta.

João Bernardino é um dos artistas que vão mostrar suas obras. Em um de seus quadros, o pintor retrata um bombeiro negro com uma lágrima. “Quero mostrar a luta destes homens que, com o passar do tempo, tiveram que se estabilizar na sociedade e mostrar suas responsabilidades”, conta.

Bonecas africanas feitas com papel machê também serão expostas. Para a artesã Célia Silvestre, é uma honra participar desta mostra. “Estudei sobre as performances destas mulheres, suas culturas e seus estilos de vida para retratá-las, da melhor maneira possível, por meio das minhas bonecas. Agradeço o convite, estou muito feliz”, conta.

HORÁRIOS – A Casa de Cultura fica aberta de segunda a sexta, de 9h às 18h e aos finais de semana de 14h às 18h.

OUTRAS APRESENTAÇÕES – A Exposição “Liberdade, Liberdade” será marcada com apresentações de Jongo e Capoeira. Em sua abertura, um grupo de teatro fará uma encenação sobre a abolição, motivando aos presentes sobre a consciência da igualdade racial.

FONTE:
Departamento de Jornalismo
Secretaria de Comunicação Social

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Ronet

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