Atendimento de saúde e apoio a adolescentes grávidas
Evento promovido pelo Núcleo de Atenção à Saúde do Adolescente reuniu cerca de 50 jovens
Além da necessidade das consultas de saúde, é comum que as grávidas tenham ansiedade com relação à gestação. No caso das adolescentes, o período de gravidez pode ser ainda mais delicado. Por isso, a Secretaria de Saúde realiza um atendimento específico para gestantes de 12 a 19 anos, desenvolvido pelo Núcleo de Atenção Integral à Saúde do Adolescente – Nasa. Dia 26 de março, o Núcleo promoveu um dia especial de atendimento, que reuniu cerca de 50 jovens, na sede da Secretaria de Educação.
Nesse dia, as adolescentes puderam dispor dos serviços oferecidos pelo Núcleo, como grupos de apoio terapêutico, orientação nutricional, de saúde bucal, assistência social, entre outras áreas, além das consultas de Pré-natal, com médico e enfermeiros. Foi uma oportunidade também para as adolescentes aprenderem mais sobre o parto, incluindo a diferença entre o natural e a cesariana. Elas ainda trocaram experiências entre si e puderam ver que ansiedade é comum entre todas elas.
“Eu achei ótimo esse encontro porque eu ainda tenho muitas dúvidas. Acho que toda grávida fica assim…ansiosa, meio nervosa, mas adolescente fica muito mais”, opina Cassiane Ramos, de 17 anos. Aos oito meses de gestação, ela foi acompanhada pelos profissionais do Nasa durante todo o pré-natal. A mãe de Cassiane, Maria Luiza Oliveira, também ficou grávida na adolescência, mas, segundo ela, não teve todo esse aparato à disposição. “Naquela época era mais difícil e a gente não conversava assim com os médicos para tirar dúvidas”, lamenta Maria Luiza.
Ao final do evento, algumas jovens foram conhecer a maternidade e saber mais sobre o momento do parto e ver de perto que esse pode e deve ser um momento feliz e especial.
Gravidez na adolescência – O trabalho do Nasa vem contribuindo para reduzir o índice de gravidez na adolescência em Rio das Ostras. Em 2007, 31% das gestantes atendidas na rede pública eram adolescentes. No ano passado, o índice foi reduzido para 28%. “Com acompanhamento e apoio, estamos conseguindo evitar uma segunda gravidez indesejada dessas jovens”, disse a coordenadora do Núcleo de Atenção Integral do Adolescente, Andréa Viana.