Zezé Motta participa de discussão sobre o universo da mulher negra

 

Roda de Conversa reuniu coletivos, professores, estudantes, historiadores, artistas, entre outros

Com dezenas de filmes, novelas, séries e peças, o currículo da atriz e cantora Zezé Motta também traz sua frente de militância junto movimento negro brasileiro. Nesta quarta, 11, a artista participou de uma roda de conversa promovida pelo Coletivo Vista Minha Pele, com o apoio da Fundação Rio das Ostras de Cultura. O evento aconteceu na Casa de Cultura Bento Costa Junior e reuniu dezenas de participantes.

 

Entre os temas abordados estavam a saúde da mulher negra, violência obstétrica e sexual, anemia falciforme, entre outros pontos importantes. Zezé falou também das dificuldades do início da carreira e da falta do protagonismo da comunidade negra nas produções de TV.

 

“A gente só tinha oportunidade quando o papel era de um personagem escravo ou empregado. Não havia uma boa história ofertada para um ator negro interpretar. Se eu estivesse numa novela, a Neuza Borges (atriz contemporânea) não entrava e o contrário também acontecia. Cheguei a pensar em usar lentes de contatos, afinar alguma parte do meu corpo para ter mais oportunidades no meio artístico. Algumas coisas avançaram, mas falta muito”, disse Zezé Motta.

 

Para a cantora Cláudia Falcão, que participou da roda de conversa, discutir sobre o que é ser uma mulher negra é muito importante porque é uma desconstrução constante. “Eu mesma demorei reconhecer que sofria racismo. Sempre dava uma desculpa sobre as retaliações que eu passava em diversas situações. Depois de adulta compreendi que era pela cor da minha pele”, relatou.

 

FONTE: ASCOMTI – PMRO.

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Ronet

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