Rio das Ostras reforça ações de combate à dengue em tempo de pandemia
Equipe da Vigilância Ambiental e Epidemiológica alerta população quanto às medidas de proteção e cuidados
Há quase um ano um vírus desconhecido chegou e fez uma revolução na vida e na saúde de muita gente. A pandemia da Covid-19 trouxe muitas incertezas e desafios. Agora, em meio a tudo isso e com a chegada do verão, ressurge outra preocupação que já é bastante conhecida: a dengue. Em Rio das Ostras, o trabalho de combate ao Aedes Aegypti é contínuo e a equipe envolvida nessa ação alerta sobre o cenário e orienta sobre as medidas a serem praticadas no Município.
Segundo o diretor do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica, Jorgito Pinheiro, o momento exige um cuidado redobrado. Ele explica que mesmo em face das inúmeras diferenças de contaminação, sintomas e tratamento, a Dengue e a Covid-19 possuem algumas semelhanças. A mais alarmante é que a população ainda não está imunizada para evitá-las, a vacina não chegou e, por isso, é tão importante seguir as medidas de proteção.
“É necessário que a população também se torne protagonista no combate ao Aedes Aegypti, que é o agente transmissor da dengue, chikungunya e zika. No caso da Covid-19, o distanciamento social impede que uma pessoa transmita a enfermidade para outra. Nesse sentido, a dengue não é contagiosa, mas pode ser evitada a partir da eliminação de possíveis criadouros do mosquito”, ressalta.
Jorgito destaca ainda que o período de quarentena em virtude da pandemia é o momento ideal para também se prevenir da dengue. “Geralmente, as pessoas diziam que não cuidavam do próprio imóvel por falta de tempo. Agora, considerando a quarentena, esse argumento cai por terra. É hora de agir e cuidar de casa, fazendo dela um ambiente seguro”, pondera.
CUIDADOS – De acordo com a Vigilância Ambiental e Epidemiológica, eliminar criadouros da dengue requer pouco tempo. Em apenas alguns minutos é possível acabar com os cantinhos favoritos do Aedes Aegypti, que são aqueles onde há água parada. A dica é começar dentro de casa, verificando o recipiente de degelo da geladeira, que pode acumular água; vedando ralos e vasos sanitários de banheiros que não estão em uso; e lavando a cada três dias no mínimo, com água e sabão, os bebedouros dos animais de estimação.
No quintal, os cuidados envolvem verificar se a caixa d’água, fossas e cisternas estão totalmente vedadas; eliminar objetos que possam acumular água, como pratinhos de planta; manter as calhas limpas e, portanto, desobstruídas; e descartar o lixo para coleta da Prefeitura, evitando aglomeração em casa ou em lotes baldios.
“A gente pode evitar a transmissão tirando apenas 10 minutos do dia. O mosquito da dengue, vírus zika e chikungunya vive e se reproduz dentro e ao redor das nossas casas. Agindo uma vez por semana na limpeza de criadouros, a população interfere no desenvolvimento do vetor, já que seu ciclo de vida, do ovo ao mosquito adulto, leva de 7 a 10 dias. Com uma ação semanal, é possível impedir que ovos, larvas e pupas cheguem à fase adulta, freando a transmissão dessas doenças”, explica Jorgito Pinheiro.
AÇÕES NO MUNICÍPIO – Mesmo em face das orientações de distanciamento social para evitar o coronavírus, os Agentes de Combate às Endemias continuam realizando visitas domiciliares, especialmente nas regiões mais afetadas. Essa atuação direta na comunidade é determinante para o combate à doença e, portanto, essencial para proteger e preservar vidas. Tais visitas seguem as recomendações para adequação das ações de vigilância e controle de zoonoses frente à atual situação epidemiológica referente à Covid-19.
A preocupação é que devido a pandemia, as pessoas se esqueçam de tomar os cuidados essenciais para combater as doenças transmitidas pelo mosquito.
Os agentes de Rio das Ostras desenvolvem um trabalho para procurar focos do mosquito e orientar os moradores a ajudarem nesse combate, tendo em vista que mais de 90% dos focos de Aedes Aegypti estão nas residências.
Além das visitas domiciliares, também são realizadas visitas em Pontos Estratégicos (PE), que são locais onde há uma maior concentração de depósitos do tipo preferencial para desova da fêmea do Aedes Aegypti, como cemitérios, borracharias, ferro velho e depósito de sucatas.
As atividades de vigilância nesses locais devem ser realizadas com periodicidade quinzenal. A aplicação residual e/ ou focal deve ser feita mensalmente ou quando é detectada a presença de focos. É utilizado para tratamento dos pontos estratégicos o equipamento costal motorizado ou manual, pela possibilidade de maior rendimento operacional.
FONTE: ASCOMTI – PMRO.