Rio das Ostras realiza capacitação em teste rápido para hanseníase
A doença tem cura e a detecção precoce combinada com o tratamento oferecido gratuitamente reduzem as chances de evolução da doença com lesões incapacitantes
Rio das Ostras realizou nesta segunda-feira, dia 19, a segunda etapa da capacitação em teste rápido para a descentralização da assistência a pacientes com hanseníase na Atenção Primária à Saúde. Cerca de 22 enfermeiros da Rede Municipal
de Saúde participaram da ação que tem como objetivo preparar os profissionais sobre os protocolos e fluxos de atendimento, diagnóstico e tratamento.
A qualificação contribui para a melhoria da assistência e para a detecção precoce da doença, além de possibilitar os encaminhamentos adequados desses pacientes.
A Gerência de Enfrentamento à Hanseníase da Secretaria do Estado esteve presente, contribuindo
no fortalecimento da ação.
Segundo a Organização Mundial de Saúde -OMS, o Brasil é o segundo país do mundo com mais casos de hanseníase, ficando atrás somente da Índia.
“A qualificação para a aplicação do teste rápido é um marco para a avaliação dos contatos e de suma importância para o diagnóstico precoce. Precisamos avançar junto à Atenção Primária para captação dos casos, possibilitando assim o tratamento adequado”, destacou a enfermeira e coordenadora do Programa de Hanseníase do Município, Karla Viana.
TESTE RÁPIDO- O teste rápido é o instrumento de auxílio para diagnóstico da doença, mas não pode ser utilizado como teste de diagnóstico. Porém,
amplia o monitoramento dos contatos expostos para detectar aqueles com maior risco de adoecer.
O teste rápido para a hanseníase disponibilizado pelo SUS é um teste imunocromatográfico capaz de determinar qualitativamente a presença de anticorpos IgM anti-Mycobacterium leprae.
A determinação do resultado é por análise visual, não necessitando de auxílio de outros equipamentos para leitura e o resultado é liberado entre 15 a 20 minutos.
De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), “toda e qualquer pessoa que resida ou tenha residido, conviva ou tenha convivido com o doente de hanseníase, no âmbito domiciliar, nos últimos cinco anos anteriores ao diagnóstico da doença, podendo ser familiar ou não, deve ser acompanhada”.
HANSENÍASE – A hanseníase é uma doença transmissível, que acomete principalmente a pele e os nervos periféricos, podendo atingir o rosto, olhos, orelhas, nariz, braços, mãos, pernas e pés. O período de incubação é longo, em geral, de 2 a 7 anos para o surgimento dos primeiros sintomas e pode afetar tanto adultos quanto crianças.
A transmissão da doença se dá por meio de uma pessoa doente sem tratamento, pelas vias aéreas superiores (tosse e espirro). A hanseníase não passa por abraço, aperto de mão ou carinho e, não é necessário separar as roupas, os pratos, os talheres e os copos.
SINTOMAS- Os sinais e sintomas da hanseníase são manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele com diminuição ou perda da sensibilidade. Nestes casos, procure a unidade de saúde mais próxima de sua residência. Hanseníase tem cura.