Rio das Ostras faz ações em eventos noturnos para prevenção de Aids

Equipes do Programa DST/Aids recepcionam público nas entradas de festas e casas noturnas da cidade

A Secretaria de Saúde de Rio das Ostras vem diversificando as iniciativas de prevenção da Aids no Município. Com foco na população adulta jovem, a equipe do Programa de Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST/Aids deu início, agora em setembro, a ações educativas na porta de festas e casas noturnas, incluindo eventos restritos ao público homossexual, orientando os participantes, distribuindo preservativos e estimulando as pessoas a procurarem a unidade de saúde para realização do teste de rápido diagnóstico.

O Programa mapeou os locais de lazer e encontros coletivos desse público para a realização do trabalho. A equipe também entrou em contato com os donos de estabelecimentos para sensibilizá-los quanto à importância dessas ações de prevenção.

As ações são realizadas por enfermeiros, técnicos de enfermagem e ainda contam com apoio de pacientes que já fazem parte do Programa DST/Aids e conhecem bem o comportamento dos jovens. O projeto também mapeou os locais de eventos de grupos LGBT, lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. As estatísticas apontam que, no Estado do Rio de Janeiro, dentro do grupo de Homens que fazem Sexo com Homens (HSH), a taxa de transmissão do vírus HIV é de 14%, o que requer ações preventivas focadas.

A equipe atua identificada e recepciona os jovens na entrada dos eventos e festas, com preservativos e material informativo impresso. De acordo com a Coordenadora do Programa DST/Aids, Bianca Monteiro, embora seja um trabalho difícil, principalmente em relação a identificação dos locais de eventos LGBT, é muito importante essa abordagem.

“O número de casos de Aids vem crescendo no Brasil, no Estado, e Rio das Ostras espelha essa realidade; até mesmo porque recebe pessoas vindas de muitos municípios diferentes. Não podemos esperar que esse público venha até as unidades de saúde. Resolvemos ir até eles, falar sobre prevenção, entregar o preservativo”, explica a coordenadora.

Segundo os registros do Ministério da Saúde, a faixa etária em que a Aids é mais incidente, em ambos os sexos, é a de 25 a 49 anos de idade. Em relação aos jovens, os dados apontam que, embora eles tenham elevado conhecimento sobre prevenção da aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, há tendência de crescimento do HIV.

Bianca lembra que, embora a Aids já tenha tratamento continuado, ainda é uma doença crônica, sem cura. “A população não pode deixar de usar a camisinha porque as DSTs, em especial a Aids, não assustam tanto quando antes. O tratamento da Aids existe sim, mas não é fácil e deve ser mantido por toda a vida do paciente. A camisinha ainda é nossa principal ferramenta de prevenção”, atesta a especialista.

Atualmente, o Programa trata de 420 pacientes portadores do vírus HIV. Desse total, 83 são novos casos ingressos no sistema municipal de saúde de Rio das Ostras neste ano.

CAMPANHAS – Além da abordagem dos jovens e do público que frequenta casas noturnas, a Secretaria de Saúde desenvolve outras ações educativas para prevenção da Aids, em escolas públicas e privadas e nas empresas de Rio das Ostras.

A equipe de saúde também vai até os locais de trabalho dos profissionais do sexo, nas ruas, à noite, para distribuir preservativos e conversar sobre os riscos das relações sexuais sem proteção. Essa é um população especialmente vulnerável ao vírus, uma vez que os estudos mostram que a incidência de Aids está diretamente relacionada à quantidade de parceiros sexuais.

TESTE RÁPIDO – Durante as ações educativas, os técnicos do Programa incentivam e orientam quanto à realização do teste rápido de Aids. Atualmente, a Secretaria de Saúde realiza uma média de 300 testes rápidos por mês. Geralmente, o exame é aplicado quando há necessidade de um diagnóstico urgente, como no caso de vítimas de violência sexual ou grávidas ao final da gestação que ainda não realizaram o exame de sangue regular para detecção de DSTs. Destaca-se que, além do teste rápido, a rede municipal oferece exames laboratoriais para detecção dessas doenças, como o Elisa.

Saber do contágio precocemente aumenta a expectativa de vida do soropositivo. Quem busca tratamento especializado no tempo certo e segue as recomendações ganha em qualidade de vida. Além disso, as mães soropositivas têm 99% de chance de terem filhos sem HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto. 

 

 

 

FONTE:

Secretaria de Comunicação Social

Departamento de Jornalismo

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Ronet

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