Rio das Ostras avança nas ações de proteção às mulheres
Município implanta projeto Siga Mulher, desenvolvido pela UERJ e Governo do Estado, para avaliar informações relativas a agressões
Rio das Ostras está implantando o projeto piloto Siga Mulher, desenvolvido pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ e Governo do Estado, que vai contribuir para traçar o perfil das mulheres do Município que sofrem violência doméstica.
Os dados são importantes para o desenvolvimento de políticas de proteção às mulheres. A cidade é uma das primeiras a utilizar o sistema. Nesta quinta, 22, técnicos da UERJ estiveram na Casa da Mulher para implantar o programa e capacitar as servidoras a utilizar o software.
Com o preenchimento correto do cadastro, a Gestão Municipal vai conhecer os principais fatores relacionados a agressões contra as mulheres, no contexto familiar. A partir do diagnóstico, é possível discutir e desenvolver políticas específicas para atender às vítimas.
Além disso, o projeto vai viabilizar o cruzamento dos dados de outros serviços e instituições incluídas na rede de proteção à mulher – como polícias, setores da saúde e Judiciário –, para que o resultado seja mais eficaz.
Em breve, o programa estará disponível on-line o que possibilitará a todos os municípios que contam com Centro Especial de Atendimento a Mulher aprimorar o cadastramento dos casos de violência.
Segundo Priscila Carvalhal, diretora interina da Casa da Mulher, “depois que o cadastramento estiver disponível pela internet, o atendimento será integrado em todo o Estado do Rio de Janeiro, abrindo as portas para captação de recursos e ações do Estado. O programa possibilitará a precisão dos dados estatísticos, contribuindo para obter uma visão mais profunda da violência contra a mulher, com objetivo de diagnosticar e implementar políticas preventivas e setoriais.”
CONFERÊNCIA – A implantação do projeto Siga Mulher já é resultado da 3ª Conferência Municipal de Políticas para Mulheres, que aconteceu em setembro deste ano, e contou com a presença da superintendente Estadual de Enfrentamento da Violência contra a Mulher, Adriana Mota. Durante o evento, Adriana apresentou o Siga Mulher e falou da importância da integração dos dados da rede de proteção ao público feminino.
Uma das propostas levantadas no encontro foi a expansão de politicas voltadas para mulheres vítimas de violência doméstica. Com o acesso on-line, em breve o Estado poderá monitorar os atendimentos e ter um registro geral do perfil das mulheres agredidas.
FONTE:
Departamento de Jornalismo