Profissionais da Saúde participam de Seminário sobre Hepatites Virais em Rio das Ostras
Encontro foi realizado nesta quinta-feira, dia 24 de agosto em escola municipal
Rio das Ostras reuniu nesta quinta-feira, dia 24, cerca de 60 profissionais da Saúde e estudantes da Universidade Federal Fluminense – UFF- Rio das Ostras para o I Seminário Municipal sobre Hepatites Virais, que aconteceu no auditório da Escola Francisco de Assis Medeiros Rangel, no Parque Zabulão. O evento contou com palestras e mesa redonda para discutirem de forma ampla sobre as doenças.
A secretária de Saúde, Rosimeri Azevedo, esteve presente e ressaltou sobre a importância da divulgação dos programas, práticas e tratamento das hepatites virais, fazendo uma apresentação geral das doenças em Rio das Ostras e também a nível nacional.
“A realização desse Seminário tem como propósito disseminar esses protocolos para toda a Rede de Saúde. A prevenção é muito importante, pois a hepatite C, por exemplo, é tão problemática quanto a AIDS, e aqui em Rio das Ostras temos tratamento para hepatites. É essencial que os profissionais conheçam os programas existentes com vista no acolhimento para possível diagnóstico dos tipos de hepatite no Município”, destacou a secretária.
Entre as palestras, uma foi sobre Epidemiologia das Hepatites Virais, com a coordenadora do Programa Municipal IST/HIV/Aids/Hepatites Virais, Bianca Monteiro, que apresentou um panorama sobre as doenças em Rio das Ostras. De acordo com ela, o programa conta hoje com 21 usuários para hepatite B; e 87 para hepatite C. A faixa etária é de pessoas com idade de 25 a mais de 60 anos, com prevalência dos usuários entre 45 e 60 anos ou mais. Já em relação à taxa de detecção da hepatite B, Rio das Ostras teve 6,8 em 2015, bem próxima a taxa do Brasil, e a taxa da hepatite C foi de 9,1, no mesmo ano.
“Todos os profissionais da Rede precisam estar atentos a isso. É um enorme desafio à saúde pública com 1,4 milhão de óbitos anualmente. E a Hepatite C é responsável por 70% das hepatites crônicas”, explicou Bianca, lembrando ainda que na baixada litorânea somente as cidades de Rio das Ostras, Búzios e Cabo Frio tratam dessas patologias.
TRATAMENTO: Durante o seminário, o médico infectologista do Serviço de Assistência Especializada em IST/ HIV/Aids/ Hepatites Virais – SAE Rio das Ostras, Ezequias Martins, falou sobre diagnóstico e tratamento das hepatites virais, destacando que o problema maior é a forma crônica da doença.
O médico pontuou que o diagnóstico precoce é muito importante e que deve fazer parte da rotina nas unidades de saúde e ressaltou quanto aos exames que o HbsAg é o principal marcador para diagnóstico de hepatite B, e o Anti- HCV é o marcador da hepatite C.
“Além de vacina segura, praticamente sem efeito colateral, temos tratamentos eficientes e formas simples de diagnóstico. Essa rotina se faz necessária para toda a rede de Saúde”, completou.
Também participaram do evento, a enfermeira do SAE Rio das Ostras, Ana Cristina Azeredo; a professora adjunta da UFF Fernanda Maria Vieira, e a psicóloga do SAE, Carla Boy de Siqueira.
FONTE: ASCOM – PMRO.