Professores de Rio das Ostras participam de oficina do Instituto Nacional de Surdos
Durante curso foi abordado o Ensino da Língua Portuguesa como Segunda Língua para Surdos
A Prefeitura de Rio das Ostras firmou uma parceria com o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) para capacitar os professores da Rede Municipal. A primeira iniciativa dessa ação conjunta foi a oficina com o tema “Ensino da Língua Portuguesa como Segunda Língua para Alunos Surdos”, ministrada nesta quinta e sexta-feira, dias 14 e 15, no auditório da Secretaria de Educação.
Participam da oficina 45 professores que lecionam Língua Portuguesa nas escolas municipais. Rio das Ostras tem 23 alunos surdos matriculados na Rede Municipal e conta com uma Escola Modelo Bilíngue, a Maria Teixeira de Paula, que é pioneira no interior do Estado. Nessa unidade todos os estudantes, do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, aprendem a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
“Todos os estudantes surdos são auxiliados por intérpretes de Libras e professores de apoio. Nossos professores contam com cursos gratuitos de Libras Básico e Intermediário oferecidos pela Casa da Educação”, explica Aline Leal, coordenadora da Escola Bilíngue. A professora lembra que esses estudantes também são beneficiados pelas salas de recursos, que eles frequentam no contraturno escolar.
Na Escola Municipal Maria Teixeira de Paula, no Jardim Campomar, funciona um laboratório capacitado para atender alunos com deficiência auditiva, equipado por intermédio de uma parceria com o Projeto Surdos, do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ.
OFICINA – As professoras Margareth Maura dos Santos e Vânia Cortes, que lecionam no Ines e ministraram a oficina, enfatizaram as particularidades do ensino de Língua Portuguesa para surdos.
“O aluno surdo tem direito a fazer o uso de Libras como primeira língua”, afirmou Margareth, citando o Decreto Federal número 5626, de 2005. “A metodologia para ensinar Língua Portuguesa é diferente para o aluno surdo, já que é necessário valorizar o visual e priorizar a contextualização”, completa Vânia.
FONTE:
Departamento de Jornalismo