Museu Sambaqui da Tarioba passa por melhorias e é reinaugurado em Rio das Ostras

Unidade é única no Brasil com modelo de sítio arqueológico e possui acervo com ossadas e instrumentos de mais de 3 mil anos

Após receber uma importante reforma estrutural, o Museu de Sítio Arqueológico Sambaqui da Tarioba de Rio das Ostras, único nesse molde no Brasil, reabriu as portas à visitação pública nesta terça, 30.

Autoridades, estudantes, comunidade e imprensa estiveram na cerimônia de reinauguração da mais importante unidade histórico-cultural da região.

Preservando a maior parte das peças exatamente no local e da forma que foram encontradas, o museu é referência em todo Brasil, atraindo estudiosos de diversos lugares.  A unidade permite ao visitante conhecer de perto a história dos Sambaquianos, os primeiros habitantes desta Região.

Manter viva a história do município é um compromisso da Administração, que por meio da Fundação Rio das Ostras de Cultura, trabalhou com arqueólogos, historiadores e profissionais especializados. Entre as novidades do novo museu estão a ampliação do acervo e a melhoria do conforto e acessibilidade aos visitantes. O museu teve sua área interna remodelada, seu acervo higienizado e ganhou nova programação visual, climatização e rampas de acesso.

Para preservar o piso, revestido de madeira, os visitantes recebem na entrada uma pantufa de tecido para ser usada dentro do museu.

O museu ganhou uma ambientação especial, com sons de pássaros nativos, mar e vento, capazes de transportar o visitante para o passado, quando se vivia exclusivamente dos recursos da natureza.

“O Museu Sambaqui da Tarioba deve ser um orgulho para nós. Apesar de sermos uma cidade do interior do Estado do Rio, investimos na preservação e resgate da memória do Município e Região. Mesmo superando um momento de crise bastante delicado, priorizamos a restauração de nosso acervo, que voltou a ficar à mostra para nossa população. Quero ver este espaço sendo visitado por nossos estudantes também”, disse o prefeito Sabino.

ACERVO – No museu, o visitante encontra três ossadas completas dos Sambaquianos, que viveram na região há cerca de 3500 anos. Peças, maquetes e um busto de um dos primeiros habitantes ajudam contar a história do cotidiano desta comunidade pré-histórica, que vivia da caça, da pesca e coleta.

Estão também à mostra conchas e ossos de pequenos animais do mesmo período, ferramentas líticas (pedras, “quebra-coquinhos” e lâmina de machado). As peças passaram por uma higienização e estão expostas nas vitrines ou nas escavações, que contam também com três enterramentos, que datam de 3600 e 3300 anos atrás. 

Para o estudante Ricardo Novaes, o Museu é uma viagem no tempo. “É incrível como a gente se transporta na história. Eu fiquei atento ao guia contando a história dos Sambaquis e fiquei encantado, imaginado eles passando por aqui e admirando a mesma praia que eu olho e a figueira que eu descanso”, contou.

Além do material pré-histórico, o museu possui acervo de outros cinco sítios históricos, encontrados na cidade entre os anos de 1999 e 2002. Entre os objetos estão uma urna tupi-guarani e uma lamparina greco-romana, encontrada no terreno da própria Casa de Cultura Bento Costa Junior.

O museu funcionará de terça a domingo, de 13h às 18h, com ingressos a R$ 5, inteira, e R$ 2,5 (meia-entrada) – para crianças até 10 anos e maiores de 65 anos.  Alunos e professores da Rede Pública, além de guias de turismo têm gratuidade.

TEATRO – Essa é a segunda unidade cultural do Município renovada e entregue à população neste ano. Em abril de 2015, a Administração reinaugurou o Teatro Popular, que teve seu espaço ampliado e recebeu grandes painéis nas paredes externas, além da instalação de um elevador, que confere mais acessibilidade ao local.

 

FONTE:

Secretaria de Comunicação Social
Departamento de Jornalismo
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Ronet

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