Festival de Jazz e Blues de Rio das Ostras apresenta novidades e surpreende público

Festival de Jazz e Blues de Rio das Ostras apresenta novidades e surpreende público

União de artistas de vários gêneros, lançamento do palco de Boca da Barra e túnel do tempo foram as novidades da 18ª edição

Cinco palcos, 25 atrações – seis internacionais -, quase 100 horas de música e apresentações artísticas de outras frentes simultaneamente resume a grandiosidade do maior evento do gênero no Brasil. Em 2022, a grande novidade da 18ª edição do Rio das Ostras Jazz & Blues Festival foi a estreia do palco Boca da Barra com o show do trompetista Takuya Kuroda. Durante os quatro dias do evento, de 16 a 19 de junho, cerca de 70 mil pessoas circularam pelo festival.

Uma das novidades do evento foi o Túnel do Tempo luminoso instalado na entrada da Cidade do Jazz, em Costazul. O túnel foi composto por vídeos e fotos, em formato “retrô”, projetados em quatro mega telas de led, que lembravam antigas edições do evento e serviram de cenário para fotografias. Algumas das imagens feitas pela plateia e postadas nas redes sociais foram selecionadas e projetadas nos três telões instalados do palco principal durante os intervalos dos shows.

ARTE POR TODA A PARTE – Durante o Festival de Jazz & Blues, artistas de todas as frentes ocuparam os espaços públicos. No segundo dia do festival, antes mesmo que a Blues Beatles subisse ao palco do anfiteatro, o público já participava do movimento artístico em torno da Lagoa do Iriry. A banda Wagner e seu Bando e o grupo de alunos do Centro de Formação Artística de Rio das Ostras, por exemplo, faziam o “esquenta” da plateia.

Os músicos também abriam os shows dos palcos Concha e Boca da Barra. Artistas plásticos, pintores e artesãos atraiam a atenção dos visitantes e moradores que curtiam o Festival. Apresentações de tecido acrobático eram uma atração à parte ao lado da Casa do Jazz. Os Djs do Clube do Vinil, por sua vez, compuseram a trilha sonora do intervalo dos shows do Espaço Arthur Maia. Atores caracterizados davam vida ao espaço “instagramável” que levou o tema “Tem jazz e blues até no fundo do mar”, elaborado pelo artista plástico Rodrigo Pontes.

SHOWS – O trompetista Takuya Kuroda, inaugurou o palco de Boca da Barra, que já conquistou o público com um pôr do sol magnífico, unindo boa música com um dos mais belos cartões-postais da Cidade. E se o sol não foi empecilho para Micha Devellard homenagear o samba de Noel Rosa em Blues no palco Concha, a chuva não atrapalhou Tony Gordon, que desceu até a praça de alimentação na Cidade do Jazz para cantar próximo ao público. Ao piano, Roberto Fonseca deu um tom de clássico à latinidade cubana e o grupo A Cor do Som lembrou sucessos antigos das décadas de 70 e 80 como a música instrumental “Frutificar” e “Semente do Amor”, que fez o público cantar.

O músico de Rio das Ostras, Bruno Pirozi, abriu o quinto palco do Festival – Espaço Arthur Maia – cheio de energia. Cantou rock, blues, folk e autoral. Falou de liberdade e diversidade. Por lá ainda se destacaram o Trio latino Tango Revirado e Conversa Afinada, com propostas musicais bastante alternativas.

 

Guitarrista há 30 anos, Nelson Faria trouxe para Rio das Ostras um instrumental potente e apaixonado. Nelson, que já trabalhou com grandes nomes da música brasileira como Nana Caymmi, Milton Nascimento e Cássia Eller, convidou Chico Chagas e seu acordeão com sonoridade mágica.

 

John Lennon, Paul McCartney, Ringo Starr e George Harrison voltaram com tudo no imaginário do público. A brasileiríssima Blues Beatles trouxe releituras dos melhores sucessos dos meninos de Liverpool, que revolucionaram o jeito de produzir música radiofônica no mundo. A apresentação aconteceu no anfiteatro da Lagoa do Iriry na tarde da sexta, dia 17. No repertório, “Help”, “Stand by me”, “Ticket Ride”, “You Can’t Do That”, entre outros sucessos. Os solos de saxofone, guitarra e piano foram o destaque do show.

 

A interação da contrabaixista dinamarquesa Ida Nielsen, que tocou com o grupo The Funkbots em dois palcos, elevou a participação do público com o Festival. Em vários momentos do show, a musicista usou referências “jazzística” entrelaçadas com o rapper e a sonoridade do funk norte-americano.

 

Durante quatro dias do festival, a boa música tomou conta da Cidade com muitas atrações como os norte-americanos Hook Herrera Blues Band e Deanna Bogart & Big Joe Manfra Blues Band, As Mulheres do Blues, Márvio Ciribelli, Blues Etílicos, Ska Jazz Favela, Banda Jamz e outras.

 

RECONHECIMENTO – “Vim pela primeira vez e estou simplesmente maravilhado com tanta beleza. É muita arte! Rio das Ostras transpira arte. Muitos artistas da cidade e de fora do Brasil, juntos. Agora virei ao festival todos os anos”, contou Hermes Pereira, de Nova Friburgo, da Região Serrana.

 

O casal Carolina Iuduvice e Gustavo Paixão vieram do Rio de Janeiro para curtir juntos pela primeira vez o evento e disseram que querem voltar na próxima edição. “Foi além das nossas expectativas. Soubemos do Festival pelas redes sociais do Município. Chegamos no primeiro dia e estamos curtindo toda a programação. Muita música de qualidade!”, contou Carolina.

 

“Era uma vontade de todo mundo a chegada desta edição depois a maioria de nossa população estar vacinada. A volta de todos os palcos, com o envolvimento de mais artistas, e uma programação que amplia a oportunidade de nossa população ter acesso à música de qualidade e atrair turistas de vários estados se tornaram realidades”, disse Aurora Siqueira, secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo.

 

Para que todos pudessem aproveitar o melhor Festival de Jazz e Blues do Brasil, equipes da Guarda Civil Municipal atuaram no entorno dos cinco palcos do evento. Foram aproximadamente 200 guardas civis municipais trabalhando nos quatro dias do Festival para que munícipes e turistas desfrutassem do evento com tranquilidade e segurança. Os policiais do Programa Estadual de Integração na Segurança – Proeis também se empenharam para que todos pudessem curtir as mais de 70 horas de música.

 

Na praça de alimentação, foram 18 restaurantes, mais os foodtrucks e foodbikes, além dos participantes do Programa Renda Alternativa que atuaram nos arredores dos palcos.

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Ronet

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