Escritoras de Rio das Ostras lançam livros durante a Bienal do Livro no Rio de Janeiro

O menino que queria fazer balé e a menina que não queria, a garota motociclista, a fada gordinha e a bruxa de corpo fino. Histórias infantis abordadas para desconstruir conceitos e levar novas possibilidades à reflexão de crianças.
Este é o pano de fundo das escritoras Juliana Ramos e Lilia Rodrigues que, mais uma vez, voltam a Bienal do Livro, no Rio de Janeiro, para lançar mais uma publicação.

Juliana esteve no evento no último final de semana e Lilia estará na próxima quinta, dia 5, no espaço “Pela Estrada a Fora”, no Pavilhão Laranja, onde contará as histórias de seus livros. Na sexta, 6, a escritora lança sua nova obra no estande de sua livraria, a Lura, no Pavilhão Verde. A Bienal acontece no Rio Centro, na Barra da Tijuca.

A Bienal do Livro Rio é o maior evento literário do país, um grande encontro que tem o livro como astro principal. Para o leitor, é a oportunidade de aproximação dos seus autores favoritos e de conhecer muitos outros. Nos espaços dedicados às atrações, o público pode participar de debates, bate-papos com personalidades e escritores, além das atividades culturais que promovem a leitura.

Para mexer com a imaginação da criançada, as escritoras buscam temas importantes tão debatidos atualmente, que contribui para uma sociedade mais justa onde todos possam se amar do jeito que são.  Além de escrever livros, as escritoras são servidoras do Município de e contam sobre o que é estar em um evento como a Bienal.

“Estar na Bienal é o auge de qualquer escritor. Todos te veem, o trabalho ganha mais visibilidade e é uma ótima oportunidade de fazer novos contatos. Ali a gente ‘respira’ o espaço literário e troca experiência com outros escritores. Antes eu ia a Bienal ver meus autores preferidos. Agora estou no papel neste papel. Isso é maravilhoso”, relatou Lilia Rodrigues, pedagoga da Fundação Rio das Ostras de Cultura.

Para Juliana Ramos, professora da Escola Municipal Nilton Balthazar, que também publicou um romance e algumas coletâneas de poemas, o evento é um fomento de respeito ao escritor. “Abrir este espaço para variados escritores é maravilhoso. É um grande respeito para quem publica livros enfrentando todas as dificuldades que existem para que a história vá para o papel”, contou.

Desde pequena Lilia escreve suas histórias, mas quase sempre elas ficavam guardadas por vergonha de que não fossem lidas ou que alguém pudesse debochar do fato de se dizer escritora. “E é por causa disso que hoje busco dizer para as crianças que ler é bom, é saudável escrever e colocar sua imaginação no papel. Não é feio dizer que é escritor. Ninguém é menos valorizado por causa disso”, explicou.

Ao falar sobre as reações das crianças ao tocar no livro de história, Juliana é enfática. “O melhor termômetro para saber se a história é boa é mostra-la para uma criança. Ela é muito honesta, vai dizer se é bom ou ruim. Quando pegam o livro fazem quase sempre o mesmo gesto diante da mesma figura. Tem um livro meu com o desenho de  duas casinhas. Elas amam passar a mão nelas. É impressionante como as reações se repetem.

FREIRE – Um dos fundamentos para o sucesso de suas histórias é a pedagogia de Paulo Freire, o patrono da educação brasileira, lido e estudado em muitos países, e que é utilizada pelas escritoras riostrenses. O contexto social, cultural e econômico do leitor ou do aprendiz é um ponto importante para interagir por meio do texto.

“O gato, a casa em cima da árvore, a natureza, tudo está incluído em nas histórias para que as crianças tenham a identificação com as personagens”, contaram Lilia e Juliana.

 

FONTE: ASCOMTI – PMRO.

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Ronet

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