Campanha de conscientização realiza testes rápidos de Aids em Rio das Ostras
Ação marcou Dia Mundial de Luta contra a Aids, 1º de dezembro
Rio das Ostras mobilizou a população na segunda-feira, 1º de Dezembro, em torno da prevenção e tratamento da Aids.
As pessoas foram convidadas a saber mais sobre a doença e a realizar o teste de rápido diagnóstico. Ao todo, 175 pessoas realizaram o exame na data, Dia Mundial de Luta Contra a Aids.
Um trailer foi instalado na Praça José Pereira Câmara, no Centro, onde a equipe da Secretaria de Saúde distribuiu material informativo, preservativos e conversou com a população. O público também pode aferir a pressão e realizar o teste rápido anti-HIV, nas salas da Igreja Nossa Senhora da Conceição, em frente à praça.
PARTIU TESTE! Este ano, a campanha do Ministério da Saúde teve como Eu me previno, Eu me testo, Eu me conheço. #partiuteste, com foco nos jovens, de 15 a 24 anos. O principal objetivo da mobilização é dar maior visibilidade às questões do viver com o HIV e à importância do teste e o tratamento como prevenção.
“É preciso levar informações sobre Aids ao maior número possível de pessoas. O Estado do Rio de Janeiro tem o terceiro maior índice de incidência da doença no Brasil e o terceiro também entre as mulheres grávidas brasileiras. A detecção da doença, por meio do exame, é muito importante para combater a expansão da Aids”, explica a secretária de Saúde Ana Cristina Guerrieri.
Alana Marques, de 27 anos, foi uma das pessoas que realizaram o teste. Para ela, é preciso superar o preconceito. “As pessoas precisam se informar e fazer o exame. As pessoas têm que ter consciência de que a vida é mais importante do que medo ou preconceito”, opina a moradora do Nova Esperança.
FALANDO ABERTAMENTE – Portadora do HIV há 25 anos, Alba Valéria de Oliveira compareceu à praça para apoiar a equipe da Secretaria de Saúde na campanha. Ela é uma das pacientes atendidas pelo Programa de Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST/Aids do Município.
Nascida no Rio Grande do Sul, Alba descobriu a doença realizando exames durante a gestação de sua filha, que hoje tem 22 anos e não foi infectada com o vírus. Há 19 anos ela toma os medicamentos e tem qualidade de vida, mantendo hábitos saudáveis. Sem medo dos olhares preconceituosos, Alba fala sobre a doença abertamente e busca contribuir para reduzir o isolamento dos pacientes dentro da sociedade. “É preciso dar voz às pessoas que têm o HIV e estão isoladas, caladas, com vergonha e medo. Algumas vezes o preconceito começa dentro da própria família”, diz Alba, que há cinco anos é atendida pelo programa da Secretaria de Saúde.
PROGRAMA – O Programa Municipal de DST/AIDS conta com uma equipe multidisciplinar, com infectologista, pediatra, ginecologistas, nutricionistas, psicólogos, dermatologista, equipe de enfermagem e assistente social. Além das consultas, os pacientes recebem medicamentos gratuitamente.
FONTE:
Departamento de Jornalismo