Pessoas de diferentes idades participam do projeto ‘Revirando o Baú’ em Rio das Ostras
Iniciativa resgata a história de vida dos mais experientes promovendo as tradições
Públicos com idades diferentes se encontram para voltar no tempo. Relembrar histórias contadas pelos antigos, os hábitos perdidos ao longo da vida e as velhas e boas cantigas de rodas são algumas das ações propostas pelo Projeto Revirando o Baú, inserido no Programa Leitura Viva, que funciona na Casa de Cultura Bento Costa Júnior, unidade da Fundação Rio das Ostras de Cultura. O Revirando o Baú atende a pessoas da terceira idade, crianças, jovens e adultos.
O programa é desenvolvido pela Casa de Leitura Casimiro de Abreu, Ponto de Leitura cadastrado no Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), do Governo Federal. Funciona na Casa de Cultura Bento Costa Júnior, unidade da Fundação Rio das Ostras de Cultura. É ali que o público da terceira idade troca experiências, contribuindo para o resgate histórico.
Para as crianças, o projeto é realizado na Escola Municipal João Bento. Já os jovens e adultos são contemplados por meio da EJA, na Escola Municipal Professora Marinete Coelho de Souza. Esses dois últimos grupos são motivados a buscar entender as tradições de Rio das Ostras, por meio de pesquisas em suas escolas estudando a história da cidade e sua memória.
Núbia Galeno, de 73 anos, diz o quanto é gratificante poder falar abertamente sobre sua vida e tudo que já vivenciou. “O diálogo dentro das famílias está cada vez mais raro. Aqui a gente troca ideia e pode ouvir músicas e histórias que gostamos sem receio do que vão pensar e dizer”, conta a aposentada.
Para Maria de Fátima Targino, de 60 anos, os encontros oferecem um grande aprendizado cultural. “É numa conversa ou atividade do Projeto que vamos aprendendo mais sobre os porquês dos hábitos de nossos pais e avós. E, claro, voltar ao tempo em que a vida era mais tranquila e sadia nos deixa comovidos, já que percebemos o quanto contribuímos para a construção da sociedade atual”, relata.
Músicas como “Meus Tempos de Crianças”, de Ataulfo Alves, e textos como “Brincadeiras de Ontem e Hoje”, de Ana Cris da Mata, se misturam ao pagode do grupo Molejo. Prova de que estão abertos a novas tendências.
“É incrível ver a lucidez dos idosos ao relembrar suas histórias. E mesmo assim se abrindo às novas modas. Mais legal ainda é ver a sagacidade da criançada para entender as gerações passadas. Para cada um aplicamos uma linguagem diferente, um jeito novo de ‘revirar o baú’, mas sempre com o objetivo de resgatar os bons costumes construídos no passado”, explica Adriana Izidoro, coordenadora do Projeto Leitura Viva. Ela acrescenta ainda que o tema é tão importante que está sendo abordado pelos museus de todo o País sob o título “Memória e Identidade”.
VAGAS ABERTAS – Ainda há vagas para a turma com público da terceira idade. Os interessados podem procurar a Casa de Cultura Bento Costa Junior, no Centro, de terça a sexta-feira, de 9 às 17h.
FONTE:
Departamento de Jornalismo
Secretaria de Comunicação Social