Prefeitura de Rio das Ostras incentiva produção de arroz
Colheita em área experimental em Cantagalo foi realizada nesta terça-feira, com apoio da Pesagro
A Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca de Rio das Ostras quer incentivar os pequenos produtores de Cantagalo, zona rural do município, a voltar a ocupar distintos lugares no mercado do gênero alimentício. Para isso, está incentivando o plantio de feijão e de arroz, além de outras culturas.
Nesta terça-feira, dia 3, foram colhidas quatro variedades de arroz plantadas em uma área de três hectares. A novidade é que o trabalho foi realizado com uma máquina colheitadeira, emprestada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro – Pesagro.
BRS Tropical, BRS Serra Dourada e Sertanejo foram as variedades plantadas em pequenas proporções para comparar com o nível de produtividade do arroz Epagri 109, cultivado na maior parte da propriedade rural que recebeu o experimento.
“O Epagri 109 é uma das variedades mais produtivas do Brasil. Rende cerca de cinco toneladas de arroz por hectare”, informou o pesquisador da Pesagro, Silvino Amorim Neto.
Para fomentar a agricultura de subsistência e reposicionar o pequeno produtor no mercado de trabalho, a Secretaria de Agricultura de Rio das Ostras e a Pesagro quiseram testar a viabilidade do plantio rotacional do arroz, após a colheita do feijão, além de analisar a variedade que mais se adapta ao tipo de solo de Cantagalo e, posteriormente, possibilitar aos demais produtores locais o incentivo ao plantio da variedade mais apropriada.
O secretário de Agricultura, Ivan Noé Antunes, lembra que o Estado do Rio de Janeiro já foi um grande produtor de arroz. “Estamos criando mecanismos, com apoio das empresas públicas de pesquisa, para motivar o pequeno produtor a voltar ocupar espaço no mercado, afinal, 65% dos alimentos no País é advindo dessa classe”, justificou o secretário.
Para o técnico em Agropecuária Anselmo Nazário, as condições para plantar arroz em Cantagalo são bastante favoráveis. “O arroz sequeiro, como o Epagri 109, não necessita do solo encharcado. A variedade se adapta bem ao solo seco. Além dessa vantagem, o produtor local ainda é estimulado porque vai contar com o apoio do maquinário durante a colheita”, explica.
No ano passado, o produtor Waldemir Barcellos, dono da área que recebeu o experimento, colheu 180 sacas de arroz. Além de ter servido à mesa da família o ano inteiro, o excedente foi comercializado também com apoio da Pesagro.
FONTE:
Departamento de Jornalismo
Secretaria de Comunicação Social
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