Alunos cegos dão depoimentos no Fórum de Educação Inclusiva
Primeiro colocado na seleção do curso de formação de professores do Instituto Municipal de Educação de Rio das Ostras (Imero) no ano passado, Anderson aprendeu braile em 2001. “Fiquei cego aos 11 e na época, como não tinha professor especializado na região, não consegui continuar os estudos”, contou. Quando voltou à sala de aula, com a orientação da professora Cristina Helena Pires, Anderson acabou descobrindo que tinha vocação para lecionar.
“Anderson é um aluno muito especial, está sempre bem-informado, participa de tudo. Como professor, ele dará um grande suporte à Educação Inclusiva, podendo multiplicar o conhecimento de braile com outros e, especialmente, a sua experiência de vida”, acredita Cristina, que se especializou em braile no Instituto Benjamim Constant.
Tallys de Souza Mateus, 9 anos, foi alfabetizado em braile por Cristina na Escola Municipal João Bento Duarte Neto. Integrado no ambiente escolar, ele é um dos melhores alunos da turma. “No colégio eu me sinto muito bem porque todos me ajudam”, afirmou durante o fórum.
Todos os dias Cristina está na sala de aula, ao lado de Tallys, ajudando-o a transcrever as matérias passadas pela professora no quadro negro para o braile. Cristina é uma das professoras itinerantes da Secretaria de Educação Inclusiva que trabalham atendendo os alunos com diferentes deficiências com o objetivo de ajuda-los a ter um melhor rendimento.
FONTE: SECOM – PMRO.