Dengue em Rio das Ostras: índice é positivo
Estado revela que índice positivo da dengue em Rio das Ostras é diferenciado na Região
População, no entanto, deve estar alerta, já que a cidade se localiza entre áreas com maiores índices da doença no Rio
Segundo o último relatório da Secretaria Estadual de Saúde sobre os casos notificados de dengue, até a primeira quinzena de maio, Rio das Ostras está em uma situação diferenciada de seus municípios próximos. A cidade está localizada entre áreas com os maiores índices da doença no Estado do Rio de Janeiro e, devido a um trabalho contínuo e preventivo da Prefeitura, vem conseguindo manter bons números.
Pelo levantamento do Governo do Estado, a área no entorno de Rio das Ostras registra mais de 1.420 casos suspeitos de dengue, além de duas mortes pela doença – uma situação alarmante, uma das piores do Estado. No entanto, Rio das Ostras conta com apenas 82 casos suspeitos, sendo que seis deles já foram descartados e, até o momento, apenas 36 casos foram confirmados. No Estado do Rio já são quase 10 mil casos notificados no ano de 2010.
Porém, ao contrário do que se poderia pensar, esse é um motivo para que a Prefeitura esteja ainda mais atenta e atuante e a população em alerta. O controle do mosquito depende de uma ação conjunta entre governo municipal e moradores.
“Ao mesmo tempo em que ficamos satisfeitos em saber que nosso trabalho está dando resultados excepcionais, precisamos ficar em alerta porque nossos moradores transitam diariamente entre os municípios e a cidade ainda recebe turistas de várias localidades”, destaca o prefeito Carlos Augusto.
Para a moradora Susy Marroig, o trabalho da Vigilância de Saúde é muito importante bem como a colaboração da população. “Para acabarmos com os casos de dengue é necessário um trabalho rotineiro da Vigilância. E aqui em Rio das Ostras isso ocorre com freqüência. Sempre que noto algum tipo de foco, ligo e prontamente sou atendida. Com a dengue não podemos brincar”, alertou Susy.
Na opinião do morador Ronaldo Monte Santo, o papel da população no combate à dengue é ainda mais importante do que o do Governo. “É fundamental que a população ajude. As pessoas precisam abrir as portas de suas casas para que a Vigilância possa atuar no combate ao mosquito. A equipe precisa vistoriar possíveis focos nas residências para poder fazer o tratamento correto”, declarou.
A coordenadora da Vigilância em Saúde, Andréia Bellei, explica que este é um ano epidêmico e que o aumento do número de casos é esperado em todas as regiões e no Brasil.
“Nosso diferencial está no trabalho preventivo, nas ações diárias dos guardas sanitários, na cobertura total do município e nos eventos de mobilização da comunidade. Porém, estamos localizados entre áreas com altos índices e isso representa um risco”, diz a coordenadora.
Trabalho diferenciado – Por conta do sucesso das ações realizadas no município contra a doença, Rio das Ostras recebeu do Ministério da Saúde mais um veículo e dois equipamentos de fumacê. Em janeiro, foram contratados 70 guardas sanitários, em caráter emergencial, para complementar o trabalho da equipe efetiva.
“Mesmo respondendo a processos judiciais que pedem a não contratação, não poderíamos deixar nossa população desprotegida. O resultado está aí, agimos rápido e de forma preventiva, conseguimos controlar a doença. Os números mostram que tomamos a decisão correta”, completa o prefeito.
Também já foram convocados, pelo Concurso Público Municipal, 48 novos guardas sanitários, o que vai permitir manter um trabalho eficiente com uma equipe permanente. E as convocações vão continuar.
Diariamente, os servidores da Vigilância percorrem as residências, instruem os moradores, buscam possíveis criadouros do mosquito e aplicam o larvicida. Os carros fumacê atuam durante a madrugada, priorizando os locais com maior índice de infestação do Aedes aegypti. Há ainda o recolhimento de pneus e colocação de telas em caixas d’água.
A orientação da comunidade é fundamental para manter esses índices. Nesta sexta, 28, equipes da Vigilância em Saúde estão no Centro da cidade, distribuindo panfletos, atendendo a chamados de vistoria de possíveis focos, com atividades para crianças e adultos, incluindo um minilaboratório.
“A comunidade deve ficar ainda mais alerta e fazer a sua parte, evitando o acúmulo de água parada em ralos inutilizados, calhas, lajes, recipientes de alimentação para animais e caixas d’águas destampadas”, conclui Andréia Bellei.
FONTE: SECOM – PMRO.