Rio das Ostras leva atendimento de saúde a pessoas acamadas
A marca do Programa de Atendimento Domiciliar é a humanização, com assistência ao paciente e à família
Para atender a pessoas com graves dificuldades de locomoção, a Secretaria de Saúde de Rio das Ostras reestruturou seu serviço de atendimento a pacientes em suas residências e criou o Programa de Atendimento Domiciliar (PAD). Já são mais de 50 beneficiados, de diferentes idades, que estão acamados, de forma permanente ou temporária, em consequência de acidentes ou doenças crônicas: pessoas que se recuperam de operações, vítimas de AVC ou derrame, acidentados graves etc. A humanização é a marca do Programa, com uma equipe de diferentes especialistas, que atendem aos acamados e ainda dão orientação e suporte aos familiares.
A equipe é multidisciplinar, formada por fisioterapeutas, médico, enfermeiro, técnico em enfermagem, assistente social, nutricionista, psicólogo e técnico de higiene dental. O objetivo da Secretaria de Saúde é ainda ampliar a equipe, incluindo terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo.
A partir da solicitação de atendimento, os pacientes são visitados, avaliados e, caso não haja condições de locomoção do doente até as unidades de saúde (por incapacidade temporária ou permanente) a pessoa passa a receber a visita da equipe periodicamente – uma ou até duas vezes na semana, dependendo da necessidade.
“Quando somos chamados, vamos até a residência para avaliar se é um paciente com perfil do PAD ou não. Há casos que mobilizam todos os especialistas. Alguns precisam de maiores cuidados de fisioterapia, outros, de enfermagem, psicólogo…cada situação é tratada conforme a necessidade da pessoa, dos familiares, das condições em que se encontram”, explica o coordenador do programa, Bruno Maciel, fisioterapeuta com especialização em neurologia funcional.
Esta semana a equipe esteve na casa da pequena Conceição Nsuami, de 8 anos, nascida em Angola. Há cinco anos, um acidente doméstico lesionou a coluna da menina, que hoje tem graves problemas motores. Como ela apresenta alguma capacidade de locomoção, a equipe ofereceu à família a orientação necessária ao tratamento, encaminhou a menina a uma rede especializada e fará acompanhamento de fisioterapia. Cátia Gonçalves é tia de Conceição e está agradecida pela assistência. “Trouxemos ela de Angola porque lá ela não teria o atendimento que está recebendo aqui em Rio das Ostras. Estamos recebendo toda a orientação e suporte da equipe do Programa”, afirmou Cátia.
MELHORIAS – O programa ganhou uma nova configuração e agora conta com veículo próprio e uma equipe exclusiva. Também foi aprimorado o sistema de coleta de material para exame dos pacientes acamados.
Aos 57 anos, Delcelina França está tetraplégica, de cama, e precisa de cuidados de enfermagem para se alimentar e receber curativos. A filha Luzia França diz que o trabalho desses profissionais é essencial para a mãe e para a família. “Acho muito bom que eles venham até aqui, porque a gente não teria como levá-la para tratamento. E a equipe é ótima, responde minhas dúvidas, atende quando chamo e trata minha mãe com muito carinho”, diz Luzia, que é caseira de um sítio em Nova Cidade.
Os especialistas elegem um familiar cuidador e o orientam sobre a rotina do paciente. “Mostramos à família que ela é a grande responsável pelo bem-estar do paciente, porque eles estão 24 horas com ele”, explica o coordenador. E o atendimento humanizado é fundamental. “Precisamos ouvi-los e acolhê-los para que o tratamento dê resultado”, completa Bruno.
O Programa funciona em todo o município, exceto nas áreas já atendidas pelo Programa de Saúde da Família – PSF. Quem precisar pode entrar em contato com a equipe pelo telefone do Departamento de Programas de Saúde, 2771-4142.
FONTE:
Secretaria de Comunicação Social
Departamento de Jornalismo
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