Projeto Surdos propõe conhecer mais o Sistema Digestivo por meio de Ciência Aplicada
Rio das Ostras reuniu cerca de vinte alunos da rede municipal no curso “Ciência Experimental de Curta Duração”
Quase vinte alunos da rede municipal de ensino de Rio das Ostras, que possuem deficiência auditiva, apresentaram, nesta sexta, 13, a conclusão de suas atividades, desenvolvidas no curso “Ciência Experimental de Curta Duração”. As aulas foram aplicadas por tutores da Universidade Federal Fluminense – UFRJ durante quatro dias com ensino prático, na Escola Maria Teixeira de Paula, em Jardim Campomar. Os participantes montaram cinco grupos de discussão, onde levantavam curiosidades sobre temas envolvendo o aparelho digestivo.
Coordenadora da Divisão da Educação Inclusiva do Município, Adeisa Lopes explica que a didática diferenciada faz com que o surdo utilize melhor a visão, sentido mais apurado deste público. “Grande parte do curso é ministrado de forma prática, para que o aluno utilize mais o olhar que os outros sentidos. A ciência não é algo pronto como a matemática”, explica.
A iniciativa de fazer parceria com a UFRJ veio da necessidade de ampliar os serviços de ensino para o público surdo. Para Eliane Camacho, diretora da Casa da Educação, outros cursos serão ministrados pela Universidade e que a proposta é, cada vez mais, inserir os surdos-mudos na qualificação profissional.
“Eles são muito inteligentes, prova disso é o Robson Manhães que trabalha, estuda e tem vontade de aprender. Nossos professores de ciências, que atuam com eles, também estão aqui para entender as dificuldades que os surdos têm no dia a dia. Nosso objetivo é estreitar laços com novos parceiros e investir fortemente na educação inclusiva”, conta.
Willian da Silva já participou de outros cursos, mas relatou que este, aplicado pelo projeto, foi muito mais eficaz.
Alunos do Instituto Municipal de Educação – Imero participaram do Curso de Ciência Experimental, como Rhyelle da Silva. “Sempre me senti vocacionada a ser professora, mas foi na Formação de Professores, da Prefeitura, que percebi o quanto gosto de ajudar outras pessoas a aprenderem. Quero me especializar em linguagem de sinais para ser uma profissional especializada”, disse a estudante.
FONTE:
Secretaria de Comunicação Social
Departamento de Jornalismo