Prefeito Carlos Augusto se reúne em Dia de Campo com agricultores

Evento em Cantagalo, zona rural de Rio das Ostras, teve como objetivo apresentar nova técnica para o cultivo de feijão

Dezenas de agricultores de Cantagalo, zona rural de Rio das Ostras, se reuniram com o prefeito Carlos Augusto, no sábado, dia 23, para conhecer os resultados de uma técnica desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária- Emprapa Agrobiologia para melhorar a produtividade de feijão. O “Dia de Campo”, organizado pela Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, também contou com palestras sobre produção e foi encerrado com uma feijoada.
Após estudos da Embrapa e Pesagro – Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro, a área de um dos produtores em Cantagalo foi selecionada para o experimento. A nova tecnologia, usada em substituição ao adubo nitrogenado, consiste em misturar bactérias do gênero Rhizobium, produzidas em laboratório, às sementes da leguminosa. Essas bactérias absorvem o nitrogênio do ar e o transfere à planta, fazendo com que não seja necessária a utilização de adubo sintético.
Denominada “fixação biológica de nitrogênio”, a técnica, segundo a pesquisadora da Embrapa, Rosângela Straliotto, aumenta a produtividade de grãos e favorece a qualidade do solo.
Dono da área que recebeu o experimento, Waldemir Barcellos está em sua oitava colheita de feijão. Com a novidade, o agricultor se entusiasma com os resultados. Waldemir acredita que a produtividade de seu feijão aumentará, pelo menos, 20%.
“O adubo nitrogenado, usado na área até então, viabiliza a característica de deixar a planta mais bonita, com mais folhas, mas não intensifica a produção de grãos, que é o mais importante para o agricultor. Além disso, o uso em excesso desse adubo é prejudicial ao solo”, alerta a pesquisadora da Embrapa Agrobiologia, Rosângela Straliotto.
Crineide Lírio vive há 13 anos em um assentamento de reforma agrária em Cantagalo. Depois da visita à área onde foi feito o experimento com fixação biológica de nitrogênio, a agricultora ficou otimista com a tecnologia de cultivo. “É muito interessante, pois aumenta a produtividade dos grãos e reduz os custos que temos com a compra do adubo”, observou Crineide, que já conta com apoio de órgãos de assistência técnica e da Secretaria de Agricultura de Rio das Ostras para orientações sobre o plantio de feijão em sua área.
A dose da bactéria rizhobium custa R$ 6. Para inocular o equivalente a uma saca de feijão (50 a 80 quilos), colhida de aproximadamente um hectare, são necessárias duas doses.
Durante o “Dia de Campo”, o extensionista rural da Emater, Max Almeida, palestrou sobre a evolução, de 2005 a 2012, da cultura do feijão no município de Rio das Ostras.
De acordo com o pesquisador da Pesagro, Benedito de Souza Filho , existem bactérias inoculantes, diferentes do gênero Rizhobium, que ajudam a fixar o nitrogênio no solo. Segundo ele, milho, arroz, cana-de-açucar e soja são algumas culturas que, em alguns municípios do País, já são cultivadas com a tecnologia.
PRESENÇAS – Participaram do Dia de Campo o secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, Ivan Noé Antunes, o diretor do Departamento de Agropecuária, Fernando Lêdo, a secretária de Bem-Estar Social, Márcia Almeida, o vereador Robson Carlos de Oliveira, agricultores e funcionários públicos.

FONTE:
Secretaria de Comunicação Social
Departamento de Jornalismo

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Ronet

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