Fiocruz conta com apoio técnico em estudos biológicos
Pesquisas ajudam a compreender origem e comportamento de mamíferos marinhos e aves encontradas na região
Este ano, surpreendeu o surgimento de centenas de pingüins mortos nas praias da região
da Costa do Sol. Para compreender esse e outros fenômenos, o Grupo de Estudos de Aves e
Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos, da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, esteve no
Parque dos Pássaros, em Rio das Ostras, no último dia 9, examinando corpos de pingüins e
aves encontrados no município.
Os estudiosos são biólogos e veterinários ligados à Escola Nacional de Saúde Pública –
Ensp, da Fiocruz. O grupo monitora, desde 1999, as praias das regiões dos Lagos e
Norte-Fluminense, estudando espécies de mamíferos marinhos e aves de ocorrência nessas
áreas.
As autópsias podem identificar parasitas, tipo de alimentação e outros aspectos
biológicos que remetam a origem e comportamento desses animais. Os veterinários
identificaram que um dos pingüins recolhidos pelos técnicos da Prefeitura foi morto pela
ingestão de um pirulito; prova do impacto da poluição no ambiente marinho.
“As pessoas ficaram impressionadas com o número de pingüins na nossa costa neste ano.
Mas isso aconteceu também em 99 e em 2000. Existem explicações, mas os fenômenos
naturais são muito complexos, por isso é importante o monitoramento constante”, disse
Salvatore Siciliano, doutor em Ciências Biológicas.
Os cientistas também prepararam alguns corpos de aves, para conservação, pelo processo
de taxidermia, pelo qual os animais são empalhados para exposição em museus e utilização
em estudos.
Vocação para pesquisa – Os pingüins encontrados mortos, além de outros animais de
interesse para estudo, são identificados e armazenados pelos veterinários do Parque dos
Pássaros, para futuras pesquisas.
“Mais que um espaço de lazer, o Parque dos Pássaros é um centro de Educação Ambiental.
Vamos firmar acordos de cooperação com instituições de pesquisa, aproveitando a
estrutura do parque e a qualidade de nosso corpo técnico no desenvolvimento de estudos”,
explicou o secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, Max Almeida.
FONTE: Secretaria de Comunicação Social