Em Rio das Ostras, fiscalização é intensificada para coibir o uso de linha chilena e cerol

Ações da Prefeitura buscam evitar acidentes e preservar vidas, principalmente de motociclistas que são os mais atingidos

Uma moto caída em uma rua ou avenida movimenta pode não ser o resultado de um acidente de trânsito. A imagem pode revelar algo que, muitas vezes, acaba de forma trágica e fatal, provocado por uma combinação perigosa feita por linha cortante e cerol, uma mistura de cola de madeira e vidro moído.

Os acidentes com linhas chilenas, aquelas que têm poder de corte bem maior que as comumente utilizadas para a prática de uma brincadeira tradicional e saudável, continuam acontecendo em Rio das Ostras, apesar das orientações e advertências das autoridades de segurança. 

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Município, a Guarda Civil Municipal atua em toda Cidade fiscalizando e apreendendo materiais irregulares como linhas chilenas e cerol. O trabalho também é feito pela Comfis – Coordenadoria Geral de Fiscalização, que notifica e autua comerciantes quando é constatada a venda irregular e ilegal de produtos que coloquem em risco a vida principalmente de motociclistas. 

Para a Cristina Kanda, responsável pela Comfis de Rio das Ostras, o Município tem uma Lei própria que trata do assunto, mas também segue a Lei 8478/2019 do Estado do Rio de janeiro para punir os infratores, além de coibir qualquer evento que envolva pipas e afins. “Estamos atentos e já tentamos localizar pontos de venda que comercializam essa linha perigosa, mas ainda não conseguimos. Por isso precisamos que a população nos ajude nesse trabalho. Só assim vamos evitar acidentes e poupar vidas”, disse Kanda, destacando que as denúncias podem ser feitas pelo telefone 2760-6891. 

 

NÚMEROS PREOCUPANTES – Segundo dados da Associação Brasileira de Motociclistas (Abram) no Brasil são mais de 100 acidentes por ano. Desses 50% causam ferimentos graves, e 25% fatais, constantemente envolvendo linha chilena, que contém dióxido de alumínio, quartzo e outros materiais cortantes. 

Entre os meses de abril e maio deste ano foram apreendidos 40 carretéis de linha chilena em Rio das Ostras. Além do risco e acidentes com motociclistas e ciclistas, as linhas cortantes também podem causar prejuízos no fornecimento de energia, quando entram em contato com a rede elétrica.

Outro problema durante a prática de soltar pipas neste período de pandemia provocada pelo novo Coronavírus é o grande número de pessoas, na maioria crianças e adolescentes, que ficam em aglomerações nas vias públicas em desrespeito ao isolamento social, em sua maioria sem usar máscara de proteção.

 

FONTE: ASCOMTI – PMRO.

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Ronet

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