Rio das Ostras mobiliza servidores públicos contra a violência da mulher

Campanha Laço Branco teve objetivo de abrir um diálogo entre homens para conscientização para que se tornem multiplicadores da informação

Culminando a campanha do Laço Branco, que promove ações em 16 dias de ativismo contra a violência da mulher, Rio das Ostras promoveu na manhã desta sexta-feira, dia 6,  uma programação voltada para servidores homens na sede da Prefeitura. O evento aconteceu no dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência Contra as Mulheres.

 

Durante a programação, o psicólogo clínico Artur Barreto Gonçalves ministrou uma palestra sobre as diversas formas de violência da mulher, entre eles o econômico, moral, psicológico, físico entre outros.

 

“O papel dos homens no processo de desconstrução é muito importante. Quando ouvimos um colega fazendo uma piada sobre uma mulher ou tentando diminuí-la, precisamos fazer uma intervenção, dizer que está errado, que não concordamos. Por isso, estas rodas de conversas entre nós, homens, são fundamentais para nos repensarmos”, contou.

 

Em seguida, o aluno do Pensi Casulo, Gabriel Neves, falou sobre um projeto que ele e um grupo de colegas desenvolveram sobre assédio feminino. “Ficamos desconfortáveis depois que uma moça conseguiu soltar de um carro de aluguel por aplicativo após notar que o motorista tentou um gesto de abuso sexual. Outro fato, foi o de uma menina que foi expulsa de uma boate após tirar satisfação com um homem que não aceitou ouvir um não. A partir disso fizemos um questionário sobre o tema e começamos a desenvolver ações dentro da escola, que culminou num documentário”, falou.

 

Para o servidor Francisco Mazola, que participou do evento, a mulher deve ser respeitada em todos os aspectos. “Precisamos olhar uma mulher como aquela que foi por muito tempo oprimida e que agora tem a oportunidade de ter suas conquistas de vida próximas as dos homens. Respeita-las sempre!”, relatou.

 

CAMPANHA – A Campanha do Laço Branco tem como objetivo sensibilizar, envolver e mobilizar homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher. Suas atividades são desenvolvidas em consonância com as ações dos movimentos organizados por mulheres e outras representações sociais, que buscam promover a qualidade de gênero através de ações em saúde, educação, trabalho, ação social, justiça, segurança, entre outros.

 

“Sabemos que alguns homens são violentos, mas não é a maioria. Por isso, dialogar com eles é muito importante porque papel deles é muito importante para ir descontruindo o conceito de machismo entre os grupos de homens”, disse Eliara Fialho, secretária de Bem-Estar Social.

 

HISTÓRIA – No dia 6 de dezembro de 1989, ocorreu no Canadá, que vitimou 14 mulheres. Este crime mobilizou a opinião pública de todo o pais. Assim, um grupo de homens do Canadá decidiu se organizar para dizer que existem homens que comentem a violência contra a mulher, mas têm aqueles que repudiam esta atitude. Eles elegeram o laço branco como símbolo e adotaram como tema: jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos frente a esta violência.

 

FONTE: ASCOMTI – PMRO.

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Ronet

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