Unidade de ensino da zona rural representa Rio das Ostras em Feira Estadual de Ciência

Microscópio caseiro foi construído por alunos do 7º ano da Escola Municipal Professora Marinete Coelho de Souza, em Cantagalo

Projeto de unidade de ensino da zona rural de Rio das Ostras vai representar a Cidade na XI Fecti – Feira de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro.  Desenvolvido pelos alunos da Escola Municipal Professora Marinete Coelho de Souza, em Cantagalo, o microscópio caseiro feito com uma webcam, papelão, capa de caderno e parafusos já está sendo usado com sucesso nas aulas de Ciências.

O projeto de Rio das Ostras foi selecionado entre centenas de trabalhos enviados por escolas dos municípios fluminenses na categoria Ciências no Ensino Fundamental II – 6° e 7° Ano. A Fecti acontece nos dias 25 e 26 de novembro, no Campus Maracanã da Cefet, e é uma realização da Fundação Cecierj e da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação.

“Como os alunos estavam aprendendo sobre células, achei importante que pudessem ter acesso ao microscópio. A escola não possuía esse equipamento e pesquisamos para ver a melhor forma de construir o microscópio caseiro”, explica o professor de Ciências Wellington da Silva Lemos, que começou a lecionar este ano na unidade de ensino.

Os estudantes Jonathan dos Santos Martins, Marcos Winnícios Gomes Santana e Matheus de Almeida Braga Silva, que cursam o 7º ano, participaram de todas as etapas e vão representar a turma na Fecti. Para os três, confeccionar o microscópio caseiro e ser selecionado para a Feira de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro foram experiências muito importantes.

“Com a ajuda do microscópio, pude entender melhor a estrutura das células”, conta Matheus, de 14 anos. “É mais interessante ver a célula real do que a apresentada nas ilustrações dos livros didáticos”, completa Jonathan, de 13 anos.  “Nossa escola fica na zona rural, não tem muito recurso. Com a seleção para a feira, conseguimos provar nosso valor”, finaliza Marcos, que também tem 13 anos.

Segundo o professor Wellington, a empolgação dos alunos foi a sua maior inspiração para se inscrever na Fecti. “Quando Marcos Winnícios disse que, caso enviássemos o projeto ficaria feliz, independente do resultado, me motivou a participar do processo seletivo”, lembra o orientador do experimento que tem como coorientadora a professora Eliana Abreu da Roza.

ORGULHO – Professores, alunos, funcionários, pais e comunidade da Escola Municipal Professora Marinete Coelho de Souza mostram orgulho com o resultado. “No início do ano letivo, na reunião dos responsáveis, eu havia garantido que o fato da escola ficar na zona rural não nos impediria de participar de todos os projetos”, afirma Sara Mota, diretora da unidade de ensino.

De acordo com o professor de Ciências, um microscópio dos mais simples, com capacidade semelhante ao construído, sairia por pelo menos R$ 700,00. O confeccionado na escola contou com uma webcam doada, que foi desmontada, e material reciclado. A lâmina, filmada com a câmera, é projetada no notebook, ampliando a imagem.

Durante a feira, a equipe da escola vai levar uma lâmina com cebola, outra com um pedaço de folha, na qual será possível observar o estômato, estrutura responsável pela fotossíntese, e uma terceira com célula da mucosa bucal.

“O intercâmbio com outros estudantes e experimentos será muito importante para nossos alunos. Sem falar que é motivador levar para uma feira um projeto criado com a participação deles que já está sendo usado em sala de aula para o aprendizado sobre a estrutura celular”, conclui o professor.

 

FONTE: ASCOM – PMRO.

 

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Ronet

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